domingo, 19 de setembro de 2010
BLACK TAPE CABRA CEGA - podcast 01 - Brasil/2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Coletânea ZEROUM INFLUENCE PARTE UM - Brasil - 2010
Esse post foi feito originalmente no blog de minha banda Zeroum:
Em pleno processo de produção do nosso primeiro
1) Countdown - PETER THOMAS
2) Fyuz - ADD N TO (X)
3) A Brutal Light - TOOLS YOU CAN TRUST
4) Grünes Winkelkanu - PALAIS SCHAUMBURG
5) Messages Received - CABARET VOLTAIRE
6) Program - SILVER APPLES
7) Faceless - A CERTAIN RATIO
8) Contort Youself - JAMES WHITE AND THE BLACKS
9) P - adic - PHEW
10) Body Me - POLYROCK
11) Im Dschuguel Der Liebe - D.A.F.
12) Ghost Rider - SUICIDE
13) Eisbär - GRAUZONE
14) Papier - ABWÄRTS
15) Take Care - FAUST
16) Vom Himmel Hoch - KRAFTWERK
17) Prothese - CLUSTER
18) It's Rainy Day, Sunshine Girl - FAUST
19) 7:42" - CLUSTER
20) La Dusseldörf - LA DUSSELDÖRF
21) Klangkörper - MICHAEL ROTHER
22) Crashing - THE RESIDENTS & RENALDO AND THE LOAF
23) Future Days - CAN
quinta-feira, 1 de abril de 2010
UM DIA, ALICE 2010 - 11 de Abril de 2010 - Cultura Inglesa
UM DIA, ALICE 2010 video from paulo beto on Vimeo.
Um dia Alice – Evento Multimídia
Acontecerá no dia 11 de Abril.
Um dia repleto de atividades relacionadas a Alice no País das Maravilhas
Realização: Sociedade Lewis Carroll do Brasil. Apoio Cultural Inglesa.
Local: Centro Brasileiro Britânico
Endereço: Rua Ferreira De Araújo, 741
Tel.:(11) 3039-0500
Quando: (11/04) 16h00 às 20h00. Entrada gratuita.
umdialice.blogspot.com
@umdiaalice
Programação
16h00 - Recepção do público.
16h16 - Abertura.
16h25 - A história da criação do livro. Uma contadora de histórias
falará sobre o passeio de barco de Alice Liddell e Lewis Carroll em
1862, em que Lewis Carroll contou a história que daria origem à obra
“Alice no País das Maravilhas”.
16h40 - Palestra sobre Alice e seus ilustradores.
A designer e artista plástica Adriana Peliano fala sobre a história das
diferentes ilustrações de Alice no País das Maravilhas que já foram realizadas.
O passeio vai das ilustrações originais de Lewis Carroll e John Tenniel na
Inglaterra Vitoriana a experiências inovadoras de artistas contemporâneos.
A apresentação multimídia contará com ampla projeção de vídeos e imagens e
músicas.
17h20 - Leitura de carta inspirada em Alice.
A professora de literatura Thereza Vasques faz uma leitura da carta de
Paulo Mendes Campos para sua filha Maria da Graça sobre o livro de Alice.
O início da carta diz assim: “Este livro é doido, Maria, o sentido está está em ti.”
17h40 - Palestra sobre Lewis Carroll e o imaginário da cultura popular brasileira.
Palestra do escritor Wilson Bueno sobre Lewis Carroll e a obra “Alice no País das
Maravilhas”. Partindo de sua experiência no sertão aonde viveu até os sete anos,
a proposta do escritor é aproximar Lewis Carroll das adivinhas caipiras,
do nonsense do sertão profundo onde cobras cozinham bezerros e óculos novos
não têm aro nem lentes, mas são óculos novos. Uma palestra leve, engraçada,
brincalhona.
18h30 - ‘TEA BREAK’ A decoração do ‘Tea Break’ será temática, inspirada em
ícones do universo de Alice. Durante o ‘Tea Break’ haverá uma trilha sonora
ambiente de conteúdo temático. É vasto o repertório de músicas inspiradas na
obra de Lewis Carroll.
18h50 - Apresentação multimídia da obra "Menina Sonho" de Adriana Peliano.
19h10 - Trilha sonora ao vivo. Projeção do raro filme mudo 'Alice in Wonderland'
(1903) com trilha executada ao vivo pelo grupo Frame Circus. O grupo é formado
pelos artistas Paulo Beto, Tatá Aeroplano e Maurício Fleury.
19h25 - Jabberwocky em poesia, música e imagem. Apresentação interativa em
que o ilustrador Manuhell cria ao vivo uma ilustração para o poema de
Lewis Carroll, Jabberwocky. A ilustração que vai sendo criada é projetada em um
telão enquanto uma trilha sonora é improvisada pelo grupo Frame Circus.
Durante esse período o poema é cantado segundo uma versão musical de Donovan,
e em seguida, lido em português, nas traduções de Augusto de Campos (Jaguadarte)
e nas translações de Bráulio Tavares (Jararacorvo, Javaligátor e Javaleão).
Os poemas serão lidos pela professora de literatura Thereza Vasques.
20h00 - Encerramento.
terça-feira, 9 de março de 2010
PANORAMA ÁFRICA
para fazer novos posts: Os Panoramas.
Reunindo discos de um mesmo assunto e os disponibilizando
de uma só vez e de maneira mais dinâmica e objetiva.
Com muita honra apresento o que chamo de Panorama África.
Dirvintam-se com o rip destes discos originais gentilmente
cedidos da coleção particular do amigo Peter Price.
Oriental Brothers International Band
Led by F. Dansatch Opara
download
Franco Et Le T.P.O.K. Jazz En Colere
on entre o.k on sort k.o.
download
Chef Commander Ebenezer Obey and his inter-reformers band
Current Affairs
download
Alhaji (chief) Kollington Ayinla
"oro idibo nigeria"
download
Chief (Dr.) Sikiru Aynde Barrister
Fuji Garbage
download
Kollington Ayinta
Megastar
download
À todos os irmãos africanos e descendentes!!!!
domingo, 7 de março de 2010
Música Eletroacústica (TIME) - Jóvenes Compositores Cubanos - 1987 - CUBA
Time nesse caso não é tempo em inglês ou Time de Futebol.
Taller ICAP de Música Eletroacústica.
Taller é uma palavra em espanhol para WORKSHOP.
ICAP é um outra sigla, o que torna as coisas bem curiosas,
uma sigla dentro de outra sigla, confeço que nunca tinha visto isso,
mas que seu significado já foi referido no post anterior:
Instituto Cubano de Amistad con los Pueblos.
O que prova que os Cubanos possuem uma lógica muito peculiar
para siglas.
Independentes de qualquer sigla, as atividades do ICAP com o seu TIME,
sob a orientação do diretor de estúdio Juan Blanco, está em atividade
desde 1983, onde jovens estudam, trabalham, criam grupos e
desenvolvem trabalhos de interesse na área de Música Eletroacústica.
Este é mais um disco dedicado à este assunto e resolvi postá-lo
como complemento do assunto, dada a sua raridade.
EL OTRO HUEVO DE LA SERPIENTE
Fernando Rodriguez (ICAP - 1984)
O título, claro, faz uma referência ao filme de Ingmar Bergman:
"O Ovo da Serpente" que é sobre o massacre dos Judeus pelos
Nazistas na Segunda Grande Guerra.
O compositor faz uma referência à contemporâneos fatos similares
conhecidos como "O Massacre de Sabra e Chatila"
(em árabe: مذبحة صبرا وشاتيلا, transl. Maḏbaḥat Ṣabrā wa Shātīlā)
foi o morticínio de refugiados civis palestinos e libaneses
perpetrado por milicianos das Forças Libanesas após o assassinato
do presidente-eleito do país e líder falangista, Bachir Gemayel.
O evento ocorreu nos campos palestinos de Sabra (صبرا, Sabrā)
e Shatila (وشاتيلا, Shātīlā), situados na periferia de Beirute, a sul da cidade,
área que se encontrava então sob proteção das forças armadas de Israel.
O massacre ocorreu em uma área diretamente controlada pelo exército
israelense, durante a Invasão do Líbano de 1982, entre 16 e 18 de
setembro daquele ano.
A Corte Suprema de Israel considerou o Ministro da Defesa do país,
Ariel Sharon, pessoalmente responsável pelo massacre, por ter falhado
na proteção aos refugiados.
O número de vítimas não é bem conhecido e, conforme a fonte,
a estimativa pode variar de algumas centenas a 3.500 pessoas.
Sharon, quando candidato a primeiro-ministro de Israel, lamentou
as mortes e negou qualquer responsabilidade.
A repercussão do massacre, entretanto, fez com que fosse demitido
do cargo de Ministro da Defesa, na época.
Falando sobre a música, Fernando Rodriguez utiliza alguns trechos
da obra de Arnold Schoenberg intitulada:
"Um Sobrevivente de Varsóvia, Op. 46 (em alemão:
Ein Überlebender aus Warschau)" e o reprocessa utilizando um vocoder
cujo resultado é misturado à camadas de sons sintéticos.
A obra original de Schoenberg tem duração muito breve:
entre 6 e 7 minutos.
É considerada por muitos críticos uma das mais importantes obras
musicais dedicadas ao holocausto.
O compositor Cubano cria um ambiente sonoro no qual pretende
demonstrar seu repúdio a todo tipo de genocídio e parece sugerir
uma mensagem de paz e harmonia ao terminar sua peça com um
sonoro acorde de LA Maior.
NIDIA
José Manoel Garcia Suárez (ICAP - 1984)
Trabalho realizado sobre material acústico e eletrônico modificado
e editado baseado nos velhos recursos que deram origem a linguagem.
Nidia é uma misteriosa garota que se materializa fugazmente nas
brumas sonoras.
A peça tem mesmo um certo tom fantasmagórico e ainda termina
com um sutil som de grito feminino.
EL PELDAÑO OMITIDO
Miguel Bonaches (ICAP - 1984)
Obra inspirada no poema CRIME em BARBADOS de Angel Escobar sobre
a sabotagem que gerou a queda de um avião cubano provocando a
morte de um grande número de pessoas, que em sua maioria eram
cubanos.
O título da música corresponde à um dos versos do poema e o material
sonoro produzido foi feito à partir de material acústico utilizando
um violão somado à material sintetizado eletronicamente e modificado
em estúdio.
EL PRIMER ABRAZO
Mirtha de la Torre (ICAP - 1984)
Aqui temos uma mulher compositora Cubana que inspira sua obra
num poema com mesmo título de sua própria autoria.
Mais uma vez, outra obra criada à partir de material acústico e eletrônico
e modificado e editado em estúdio.
São mais 4 obras de TAPE MUSIC de origem dos nossos Hermanos de
CUBA. Espero que apreciem e saibam valorizar a raridade que aqui se
disponibiliza.
Mais uma vez agradeçam ao amigo e colaborador Agnaldo Mori que cedeu
este material de seu próprio acervo.
Download
sexta-feira, 5 de março de 2010
Música Eletroacústica Cubana - CUBA - 1984
Este disco é apresentado como o auge dos resultados da
Música Eletroacústica cubana no início dos anos 80.
Um grande investimento por parte de artistas, compositores
e do próprio governo cubano resultou num enorme
orgulho pelos méritos obtidos em festivais internacionais da
linguagem musical referida.
Este LP apresenta obras vencedoras no XII Concurso Internacional
de Música Eletroacústica de Bourges e na I Tribuna Internacional
de Música Eletroacústica em Paris no ano de 1984.
TRES DE DOS (22'10)
(PARA FITA MAGNÉTICA))
Edesio Alejandro e Juan Piñera
São três partes realizados por dois compositores: Edesio Alejandro
e Juan Piñera. Trata-se de material elaborado com sintese eletrônica
misturado a sons acústicos reprocessados.
É uma música que flui de maneira poética numa transformação do
sintético para o orgânico.
Em sua primeira parte Harmônicos similares se encontram, oscilam,
se chocam, alcançam climax e retornam a sua origem.
Na segunda parte uma atmosfera romântica de desenrola até que
é acrescida de sons de sinos dentro de uma esfera multitonal.
A terceira parte se desenrola sobre um pedal sonoro onde fluem
elementos em forma contrapontística que, por associação de imagens
remete ao mar e a gaivotas.
Essa obra ganhou o primeiro prêmio "ex-aequo" em música eletroacústica
analógica no XXI Concurso de Música Eletroacústica de Bouges de 1984 e
foi realizada no estúdio do "Instituto Cubano de Amstad con Los Pueblos"
(ICAP) en La Habana.
HALLEY 86 (11'35)
(PARA FITA MAGNÉTICA)
Julio Roloff
Trata-se de uma visão poética da passagem do Cometa Halley pela Terra
e seu avistamento em 1986.
Essa obra foi composta 2 anos antes do fenômeno acontecer.
As características dessa obra são:
Um amplo range dinâmico e um particular manejo com as durações dentro
de uma sensível estrutura e com uma incrível economia de recursos que são,
por sua vez levados ao extremo.
Foi realizada em Fevereiro de 1984 nos Estúdios do "Instituto Cubano de Arte
e Industria Cinematográfica" e com a colaboração de Ricardo Istueta como
Engenheiro de Som.
Essa obra foi selecionada na I Tribuna Internacional de Música Eletroacustica
organizada em 1984 em Paris pelo CIME e pala UNESCO.
RITUAL (9'36)
(PARA FITA MAGNÉTICA)
Juan Marcos Blanco
Essa peça apresenta um grande dinamismo rítmico com uma rica variedade
timbrística numa transformação expansiva.
Uma camada central de tranqüilidade contrasta com interferências agitadas.
A obra é elaborada com materiais básicos obtidos com sintese eletrônica
analógica modificados e editados estruturalmente nos estúdios da ICAP.
Essa obra também foi selecionada na I Tribuna Internacional de Música Eletroacustica
organizada em 1984 em Paris pelo CIME e pala UNESCO.
Esse disco chaga aqui até nós graças à viagem do amigo Agnaldo Mori à CUBA
no final dos anos 80, onde encontrou esse LP sendo vendido na rua.
ouça aqui
Vem mais CUBANOS por aí!!!!
aguarde!!!!
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
ESPECIAL CARNAVAL - Brasil - 2010
Carnaval em São Paulo é a melhor época do ano!
Todos os babacas foram pro Rio ou pra Bahia.
A cidade fica uma maravilha.
Até agora não choveu, o que já é ótimo, mas faz calor pra casseta.
E nesse clima de calor e falta do que fazer vai essa coletâneazinha pressão.
Essa tá simplesmente arrasadora, sente o clima:
01) romance de uma caveira/os iguais
Essa é a versão original daquela musiquinha que sempre alguém sabe cantar
só a primeira frase. Pra começar arrepiando!
02) pinga com limão/alvarenga e ranchinho
Outro registro original de música que todos lembram só do refrão.
Com certeza combina com carnaval, nêgo tirando de espertinho
e enchendo a cara. Bonito é vomitando depois...
03) garota barra limpa/waldecyr lima
Babaca tirando onda com garotas. Do tipo que não come ninguém.
04) o calunga/os românticos
Aaaah, agora fez sentido... calunga... Kalunga
O calunga não levou seus brinquedos mas resolveu investir em produtor
ligados à informática e papelaria e dessa forma leva a sua grana.
05) a gargalhada/nelson gordim com os anjos
Versão original que foi eternizada pelo mestre supremo
Ronnie Cócegas (padroeiro desse blog).
As risadas dessa versão são mais hardcore.
06) rapaz moderno/ted boy marino
portunhol maravilhoso do ídolo das multidões e lutador de
telesketch e ex-trapalhões de didi mocó...
07) a diligência/artiz artoni
Babaquinha se achando...
08) a perereca da vizinha/dercy gonçalves
Puta que pariu...
09) é bom saber/as brasas
Banda de garotas é sempre essa coisinha...
10) estranheleza/aguilar e a banda performatica
O lingua plesa Aguilar (dublê de artista plástico) tira uma onda
com essa música de Arnaldo Antunes que era de sua banda.
Essas são as origens desse Titã. Parei por aqui.
11) ouriço/serguei
Me lembro do amigo Calanca me contando:
Ontem o Serguei me ligou dizendo "Calanca estou aqui
pelado em frente ao espelho de páu duro... eu quero
voltar ao rock'n'roll"
Gêêênio... Bicho muito louco
12) são benedito/tom zé (1965)
Imagino que essa seja uma das primeiras gravações de Tom Zé.
Musica bem divertida!
13) tema do hospital/walter franco e silvia maria
Outro grande gênio estreando.
14) mande um abraço pra velha/mutantes
momento muito interessante na carreira dos Mutantes.
Essa música foi apresentada no 7º Festival da Canção e lançada
no Lp do respectivo em 72.
Eles já tinham mellotron, hammond e minimoog nessa época.
a música é uma tiração de sarro com o fato deles nunca terem
ganho nada em nenhum festival de música brasileira.
Eles mandam um sambistico "abraço pra velha" dos jurados,
pra não dizer outra coisa.
Nítida influência de YES que abusa dos teclados e parece mesmo
xerocopiar a banda de John Anderson.
Mas mesmo fazendo um prog-cópia com qualidade a beldade da
banda, a dona RITA LEE preferiu sair em carreira solo.
15) betty davis eyes/the chipmunks
Presente dos deuses!!!!!
16) eu hoje vou me dar bem/piu piu de marapendi
Paródia baixo nível baixo leblon de BLITZ.
Excelente!!! Isso eu entendo!
17) il guarany/alan and his orchestra
A versão definitiva de Carlos Gomes.
Agora é só agitar.
Cada um com seus pobrema...
Baixe Aqui com o Link Atualizado 2015
domingo, 31 de janeiro de 2010
PTOL - AOOL - BRASIL - 2010
O que pode acontecer quando dois amigos malucos
se encontram?
Sábado, 30 de Janeiro, noite.
Pedimos um lanche e logo após sacamos nossos
dispositivos portáteis de produzir som.
Ligamos à um gravador de CD de mesa e mandamos
ver em 5 temas criados instantaneamente.
Falo de mim e do amigo Agnaldo Mori.
O nome do disco e do projeto veio da combinação
aleatória de um dos aplicativos que usamos chamado
TOPLAPapp.
Que estas músicas sejam uma boa surpresa pra vocês
como foram para nós.
tracklist:
01 - trilo bit
02 - pescando com john cage
03 - fairy hilaire
04 - lightsaber
05 - horizonte dos eventos
DOWNLOAD LINK 2015
sábado, 30 de janeiro de 2010
70's SYNTH BRAZUKA - Só as Boas Series - Brasil - 2010
Inaugurando uma nova série nesse Mundo Estranho,
Só as Boas reúne o que há de melhor em poucos discos
escolhidos e agrupados por um assunto determinado.
Nesse caso presenteio à vocês com o que há de melhor
de Synthexploitation Brasileiro.
Muito provavelmente inspirados em artistas internacionais
como Mort Garson, Jean-Jacques Perrey ou Gershon Kingsley,
alguns brasileiros lançaram toda sua ginga pra brincar com
os fantásticos sons dos sintetizadores citando clássicos da
música brasileira e obras internacionais.
O primeiro é um achado:
BANDA ELÉTRICA.
A capa do disco não fala claramente quem é o responsável
pelo trabalho e nem sequer cita os músicos.
Pode com certeza ter artistas conhecidos tocando.
O selo é CONTINENTAL e o ano de lançamento 1973.
Mas, para nosso deleite, é citado o sintetizador utilizado:
Um SYNTH A EMS conectado à um teclado DK-I.
Isso é um exemplo claro de que os famosos discos de "MOOG"
nem sempre eram criados com os sintetizadores MOOG
propriamente ditos, mas com muitos de seus concorrentes.
A portabilidade do SYNTH A com certeza interferiu em sua
entrada ao Brasil e isso acabou possibilitando a produção
deste que, com certeza é um dos primeiros discos à usar
sintetizador no Brasil, principalmente com destaque.
Diretor de Produção: Ramalho Neto.
Produção Artística: Ademir
Cordenação de Produção: Júlio Nagib
Arte da Capa: Sérgio Grecu.
Curiosamente esse disco tem composições inéditas
pensadas no sintetizador. Uma delas, encontrada aqui, se
chama MUG-UG, uma clara referência ao "nosso adorado".
O próximo disco também é um clássico da linguagem.
RENATO MENDES - ELECTRONICUS "música brasileira
interpretada em moog Sinthesizer".
O disco é de 1974, um ano após o BANDA ELÉTRICA.
A capa já trás informação pra caramba desse que é
um autêntico disco de MOOG.
Mas sua aparência deixa à desejar.
Vale por colocar o Minimoog Model E.L. em primeiro
plano, mas a qualidade da foto e a imagem de fundo
que simula um clichê de lugar exótico espacial, caga tudo.
Renato Mendes que era um tecladista bastante respeitado
em sua época gastou 217 horas gravando esse disco
que foram alternadas nos "Estúdio Prova" e "Estúdios Reúnidos".
Foi um processo muito trabalhoso.
Gravado em 8 canais, além da bateria executada por
NORIVAL RICARDO D'ANGELO, o resto todo é som do Minimoog
que apenas emite uma nota de cada vez.
Toda a harmonia foi construída num processo que na época
era conhecido por "reduções", que consiste em ir pré-mixando
várias pista numa única e depois ir re-aproveitando novamente as
mesmas. Nos anos 80 esse processo era conhecido por "ping pong".
O povo do selo RGE discos que lançou essa maravilha ficou muito
empolgado com este lançamento.
Ainda era uma grande novidade no mercado brasileiro que prometia
um futuro na música brasileira.
Sabe-se que os desdobramentos não foram bem estes.
O terceiro contido nessa série é do já consagrado J. T. Meireles,
aqui apresentando se como "MEIRELES E SUA ORQUESTRA".
Do mesmo ano de 1974, o disco foi lançado pela EMI brasileira.
Nenhum músico intérprete é citado na capa do disco.
Diz apenas que a orquestração e regência é do próprio e a direção
musical é do incrível maestro GAYA.
Meireles se valeu do charme e da sofisticação do sintetizador, mas o
disco não chega a ser um puro disco de "MOOG".
Apenas algumas faixas tem a presença do "bicho", mas são faixas
memoráveis.
Por ser um disco mais conhecido, me bastei citando apenas dois
momentos e dando prioridade aos outros.
Aproveitem essa beleza de um Brasil Futurista!!!!
Tracklist:
01 - dança ritual del fuego/banda elétrica
02 - marcha da quarta feira de cinzas/renato mendes
03 - na baixa do sapateiro/meireles
04 - a montanha/banda elétrica
05 - a banda/renato mendes
06 - also sprech zarathustra/meireles
07 - bolinha de sabão/renato mendes
08 - mug-ug/banda elétrica
09 - desafinado/renato mendes
10 - tico tico no fubá/banda elétrica
11 - a noite do meu bem/renato mendes
12 - aquarela do brasil/banda elétrica
BAIXE AQUI
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Psico Periferia - Amargurado, Triste e Sozinho - Brasil - 2010
O último sábado antes do Natal de 2009 talvez tenha sido o dia do
ano que dei mais risadas.
Convidei dois bons amigos pruma visita na minha casa para ouvir
som e jogar conversa fora. Yupo e Agnaldo.
Acabamos por nos concentrar num pequeno lote de compactos
que a grande lenda viva do mundo dos disqueiros de São Paulo, ELVIS,
deixou comigo para que eu analisasse pra uma possível compra.
Ao ouvir melhor esses compactos com os amigos, percebemos que
eram obras primas da bizarrice autêntica Brasileira.
Dou a palavra ao Agnaldo que explicará melhor:
AMARGURADO, TRISTE E SOZINHO – É uma compilação das desventuras
dos músicos da periferia de São Paulo em busca da fama e do sucesso.
A maioria das gravações são de produtoras independentes, ou seja,
dos próprios músicos. Os discos, geralmente compactos duplos,
eram a porta de entrada desses músicos no mercado fonográfico.
Quase todos os discos dessa compilação são de meados dos anos 80
e as gravadoras são em sua maioria da Rua Cásper Libero e da
Avenida Rio Branco em São Paulo. Nessas ruas da Boca do Lixo de
São Paulo, nos anos 80 existiam também várias distribuidoras de discos
e inúmeras lojas onde se podiam comprar encalhes e todo tipo de
vinil de 5ª categoria...
Aqui podemos ouvir a tentativa de se clonar os sucessos da época,
bem como dos ídolos eternos como Roberto Carlos, Odair José,
Milionário e José Rico, Amado Batista, Waldik Soriano e Raimundo Soldado,
dentre outros... O estilo vai desde a jovem guarda passando pelo brega e
com pitadas de disco e de musica mexicana. O mais importante disso tudo é
ver a pretensão desses artistas em tentar entrar para o show bussines, com
gravações toscas e de produção semi-artesanal, e de um outro lado, a
utilização de um discurso de uma camada social que saia do lumpesinato.
Pelas capas dos compactos vemos pessoas simples, que provavelmente são
pedreiros, entregadores, ajudantes ou simples trabalhadores braçais,
mas que tiveram a gana de enfrentar os desafios da Indústria Cultural e
de tentar fazer parte dela. Outro aspecto relevante, é que são produções
custeadas pelos próprios artistas que acreditaram neles mesmos e que não
foram atrás da facilidade do patrocínio governamental, bem como de assaltar
os cofres públicos para satisfazer os seus próprios interesses com projetos.
Enfim, como até hoje são desconhecidos, tudo terminou em fracasso...
pois todos eram feios, sujos e malvados. Esperamos que essa pequena
amostragem seja uma homenagem ao esforço e a ilusão de querer fazer arte.
Texto de Agnaldo Mori
Tracklist:
01 - cisco no tanque/Zé Alves
02 - cachorro é você/João Bosco
03 - agora é só amor/Edval Rafael
04 - anticonsepcionais/Luiz Heleno
05 - dia dos namorados/Nivaldo Targas
06 - empregada doméstica/Catui
07 - eu banquei o gostoso/Zé Alves
08 - falta de vergonha/Sidney Roberto
09 - festa do tá doendo ai/Lasaro
10 - funcionária exemplar/Walter José
11 - garota da lanchonete/Japecanga
12 - o marmanjo levou/Mirian Cunha
13 - o ultimo homem da sua vida/Lúcio Flávio
14 - passat/Geraldão da Colina
15 - prostituta eroina/Catui
16 - um virus na neblina (gasolina)/Paulo Mamedi
17 - você não é cega/Gesildo Calixto
18 - coquetel no céu/Geraldão da Colina
Galeria de Capas, ou Circo dos Horrores:
Esse disco tem uma capa ótima, inclusive é o único que
merece mostrar a contra-capa também (abaixo).
Pena que nenhuma música boa para entrar na coletânea...
DOWNLOAD ATUALIZADO 2015