terça-feira, 26 de agosto de 2008

FRANÇOISE HARDY - Portrait in Musik - 1964


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Disco da cantora francesa mais linda, inteligente, coerente e chique: FRANÇOISE HARDY.
Esse disco 10 polegadas me foi trazido por um grande amigo da itália.
Foi comprado num sebo lá.
As cantoras mais populares nos anos 60 costumavam a gravar em varios idiomas para atingir o mercado fonográfico em outros países.
Esse é caso legítimo nesse sentido.
Françoise canta a maioria das musicas em Alemão, e "Tous les garçons et les filles" vira "Peter und Lou".
Destaque para a belíssima "La Mer", nesse caso cantada em francês.
Musica de repertório mais clássico aquí interpretada pela até então adolescente Françoise.

Tracklist:

01 - Oh, oh cherie

02 - Peter und Lou

03 - Les feuilles mortes (der schleier fiel)

04 - Frag den Abendwind

05 - Wenndiesses Liederklingt

06 - Pourtant tu m'aimes

07 - Die Liebe geht

08 - La Mer

09 - Er war wie du

domingo, 17 de agosto de 2008

C.O.M.A. - CLINIK ORGANIK MUZAK ANATOMIK - FRANCE 1979

tracklist:

01 - Introx
02 - Parking Nord
03 - Le Roi Des Voleyrs
04 - Tete De Come
05 - Femme-Robot
06 - Coma
07 - Assaut
08 - Verre
09 - Hypnose
10 - La Valse A Mutant
11 - Consequences
12 - Demain

Banda francesa que no final dos anos 70 misturava elementos eletrônicos ao punk! Eles tinham um jeito bem peculiar, manual e cru de sincronizar os elementos ritimicos eletronicos com os feito ao vivo com bateria, baixo distorcido e guitarras.
Eram de uma época onde a criatividade valia mais e a liberdade de mistura com outros elementos era sempre bem vinda, como a gaita usada em "Le Roi Des Voleyrs". Destaque pra faixa "Assaut", um pré-Ministry muito muito antes!

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GOEMON - 1985


goemoncover, originally uploaded by paulobeto2008.



01 - cachaça, rock banchá
02 - eu sentí o cão
03 - paola
04 - adeus vitrines
05 - de porrada em porrada
06 - o problema é o lixo, né?
07 - belzebu, satã tinhoso
08 - bom guru
09 - a boneca do meu sonho
10 - sacana's blues

Japão, Sec. XVILegendário marginal japonês, figura altamente subversiva, roubava dos ricos e distribuia aos pobres. Preso, foi condenado a ser fervido até a morte, em praça pública, juntamente com seu filho ainda impúbere. Para aliviar seu filho da morte lenta e dolorosa, ergueu-o nos braços e sustentou-o acima de sua cabeça. Goemon, suportou o calor do óleo que ia fervendo. Esperou até o limite, para só então, mergulhar o filho, pisoteando-o violentamente, dando-lhe a morte instantianea. as autoridades da época, para calar a revolta popular, divulgaram que Goemon ante o insuportável medo da morte, usou seu filho como escada, na desesperada e covarde tentativa de proteger sua própria vida.

Goemon Brasil: ...Meu rock, é a poética da realidade feia e agressiva... É pra dançar, ao som da crise, que faz a relação humana entrar em decomposição...

Um marginal, ele próprio, produto híbrido de uma cultura milenar, com esta miscelânea euro-africana digerida com muita coca-cola. Um artista visceral, canta e assina as dez faixas de um LP dilacerante.
Uma obra prima de reflexão do universo marginal, embalada por um som moderno, aliciante que desconcerta em sua contundência.

Cercado de músicos monstruosamente competentes, abre um leque de ritmos - funk, blues, new-wave, soul - numa fusão genial. Algo novo! Pulsante e inteligente, que soa rock o tempo todo...

Violento e viril.

Claustrofóbico, polémico - Goemon sugere insidioso em suas obras, um beco - sem? Com saída...Somente, através de uma revolução anárquica.

em BELZEBÚ SATÃ TINHOSO, canta a analogia entre o cristianismo e a ditadura. A fugacidade e a inútil vaidade de falsos ídolos, em BOM GURU.

A lute de classes na sociedade de consumo, no moólogo provocante de um assaltante estuprador eventual, em frente à um delegado, em EU SENTÍ O CÃO
A intolerância e o preconceito em PAOLA, um travestí romântico.
A incapacidade de comunicação homem-mulher, no drama de um cara que prefere amar uma boneca inflável, abordada com grande sutileza, em A BONECA DE MEU SONHO
Parafraseando um ex-ministro da educação, faz um retrato drameatico desta juventude-clone, criada pelo sistema, situando como vítima Mark Chapman, o algoz de John Lennon, num trocadilho no mínimo original, na lacinante O PROBLEMA É O LIXO, NÉ?

A força e a arrogância do verdadeiro marginal, um bêbado que manda o mundo às favas, na sublime ADEUS VITRINE.

E assim vai. Num desfilar de obras chapantes, emolduradas em inspiradas melodias, algumas de rara beleza.
Sua poesia de linguajar raivoso e explícito aliado a um humor cáustico e cortante, resulta em uma poética sutil e brilhante em sua criatividade.
Fere dogmas e valores falidos do sistema, sem usar o artifício de gracinhas pseudo-intelectuais, utilizando de extrema habilidade, os próprios cânones ditatoriais e fascistas que regem nossa sociedade.
Dono de uma voz possante, domina um tipo de emissão incomum, que vem do baixo ventre, ora grave rascante, ora aguda ou gutural - Goemon destila seu inconformismo out sider, criando climas arrepiantes: de ódio, medo, ironia e paixão.

Jamais o português soou assim no rock! Sonoro e fluente.
que grande ironia...Goemon é um quase-sansei, filho de japonês com uma nissei. neto de uma nobre com um plebeu - por parte de pai e de um aristocrata falido e sonhador com uma grande batalhadora - por parte de mãe.

espero ...o rock nacional jamais será o mesmo, após GOEMON

Seu disco foi lançado pela extinta gravadora MPA da rua augusta de são paulo. foi gravado no estúdio VICE-VERSA fundado pelo grande maestro Rogério Duprat.

Tem Arranjos e Teclados por Glauco Sajebin;

Baixo por André Gomez;

Guitarra por André Fonseca (do genial grupo PATIFE BAND);

Bateria por Paulo Farat

A foto da capa é de Oscar Bastos, mas a consepção é do próprio Goemon

http://www.sendspace.com/file/gwcd44
repostado em 1 de setembro de 2011
 
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