domingo, 10 de julho de 2011

Alexander Laszlo/Dr. Samuel J. Hoffman - The Secret Music of China - USA - 1947

secret music

Essa é uma boa dica pra quem curte o Theremin e especificamente
seu célebre intérprete Dr. Samuel J. Hoffman.
Alexander Laszlo nasceu em Budapest, Hungria, em 22 de
novembro de 1895 e morreu em Los Angeles no dia 17 de novembro
de 1970.
Compositor, pianista, maestro, produtor e inventor de um aparelho
chamado Colorlight, que segundo o IMDB, era capaz de produzir musica
à partir de cores e foi apresentado no festival de Música de Kiel em 1924.
começou como Concertista até se tornar cidadão americano
e se envolver com trilhas de cinema de
filmes de Sci-Fi e Terror nos anos 50 como:

Esse disco, que antecede esse período, já tem uma pincelada desse
estilo musical mainstream da época, mesmo se tratando de um
tema bastante curioso e bizarro, paralelamente ao trabalho de
Les Baxter e Martin Denny que surfavam
na onda do gênero musical EXOTICA.
No mesmo ano que esse disco foi produzido, Les Baxter lançava
seus discos de Theremin, onde tinham em comum o mesmo Theremista.
Lembrando que nessa época os discos eram de 78 RPM.
As versões em 10 polegadas foram relançamentos de 49.
Até recentemente esse disco era quase uma lenda, mas consegui descobrir
bastante coisa no site da maravilhosa LYDIA KAVINA.
O disco tem vários momentos de vozes faladas em Cantonês.
Me pergunto qual foi a motivação de Laszlo a produzir esse disco.
Provavelmente a mesma de Les Baxter com as ilhas do pacífico. MODA.
Sem mais delongas... mergulhe neste sinistro e exótico passeio a China.


secret back

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tracklist:

01) Rape of Nanking

02) Pigeon Serenade

03 Yellow River

04) On a Flower Boat

05) Ghosts of the Great Wall

06) Cricket Fight

07) Jade Lady

08) Lantern Street


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segunda-feira, 4 de abril de 2011

2 CRUZEIROS DE BALA - TUA INVEJA TE CARCOMENDO OS OLHOS - JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - BRAZIL - 80's

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"Aperte o cinto, Garoto! Bem Vindo à Era do Constrangimento"

Numa cidade do interior de Minas Gerais chamada Juiz de Fora,

existia nos anos 80 uma forte cena de bandas de rock.

Umas mais conservadoras que outras.


2cruzeiros

O 2 Cruzeiros de Bala estava no extremo do que havia de inovador.

Éramos sarcásticos, críticos, dissonates, debochados, complexos,

barulhentos, resumindo, nossa música não era "Bonitinha".

Uma combinação estranha de influências dava o tom da coisa.

Quando eu conheci o Walter Willy por causa de uma amiga em

comum, o assunto não saía do nosso apreço pelo YES.

Ele também compunha e escrevia letras bastante criativas.


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Nesse momento eu já tinha uma outra banda com outros amigos.

Um trabalho que tendia mais para o neoprog, apesar de nunca

termos ouvido essa expressão na época.

Mas não resisti montar uma nova banda com aquela criatura

estranha e agitada.

Com o Walter era possível de ir além, onde eu não conseguia

com meus outros amigos da outra banda.

Encontrei nele uma pessoa que estava interessada em conhecer

coisas novas ou mais obscuras, mesmo tudo terminando em YES.

Tocamos nuns eventos e festivais da cidade, mas a banda só

tomou forma mesmo quando Wagner Daibert assumiu o baixo.

Tivemos dois ótimos bateristas também, Serginho Mello e Gerson.

Vivíamos planejando shows, compondo, ensaiando à exaustão,

enquanto sonhavamos em ser descobertos por um selo.


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3 bandas brasileiras nos inspiravam muito:

De Falla

Akira S e as Garotas que Erraram

Gueto

Mas o nosso grande norte passou à ser o Robert Fripp/King Crimson.

As exaustivas vezes que ouvimos o disco RED ou EXPOSURE

com certeza mudaram nossa vida pra sempre.


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Mas estávamos enterrados entre as montanhas da Zona da Mata.

Nenhuma noção timbristica e de gravação.

Nossas tentativas em estúdio pareciam só piorar as composições.

Sem graça... sem sal...

Era uma época sem as facilidades que existem hoje, inclusive de

informações técnicas tão compartilhadas em revistas ou internet.

Os amplificadores eram um lixo e quase tínhamos que ligar tudo

num único. Imagine como o vocal ficava bom...

A coisa mais sofisticada que conseguíamos ter eram alguns pedais

da BOSS, mesmo assim emprestados de amigos.

Overdrive, Digital Delay e a merda do Chorus que fazia tudo parecer

THE CURE.

Na hora achávamos que fazia o som ficar na moda, mas dá nos nervos

ouvir isso hoje...


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A vantagem é que tínhamos tempo pra ensaiar, e ensaiar, e assim

conseguir resultados surpreendentes de performance.


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O material disponibilizado aqui é uma mistura de nossas parcas

incursões em estúdios fuleiros de Juiz De Fora e um ensaio na

casa do Serginho Baterista, gravado com o fabuloso "Jingombell",

microsystem que gravava super bem e em Stereo de nossa amiga

Ivanice (Nitchú).

Talvez seja a gravação que melhor registrou nossas qualidades.

Claro, pra hoje em dia, o som é uma merda completa.


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Não sei à quem possa interessar esse registro hoje em dia, de uma

banda que, mesmo marcando sua presença numa cidade do interior

e nunca saindo de lá.

Mas me sinto na obrigação de compartilhar isso com o objetivo de

mostrar a todos que a História do Rock Brasileiro não é apenas

construído pelo que reverberou em grande escala, mas também nos

milhares de pequenos focos nos lugares mais inusitados.


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Tracklist:
01 - bola esférica
02 - o mundo diante do meu olhar estrábico
03 - radio frequência livre
04 - ambulância parte 01
05 - ambulância parte 02
06 - paranóia relativa do ar
07 - so ma pissoa
08 - autofagia
09 - larks tongues in aspic parte IV
10 - morte ao falso metal
11 - brasileiros e brasileiras
12 - pão com manteiga (metamorfose do ornitorrinco)
13 - cárcere
14 - mal estar generalizado
15 - autofagia (estúdio)



 
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