terça-feira, 26 de maio de 2009

Video Clip para The Emperor Machine's 'Kananana' por Cassiano Prado - Inglaterra - 2009

The Emperor Machine's 'Kananana' from Cassiano Prado on Vimeo.



Com muito orgulho apresento à vocês o novo trabalho do amigo
Cassiano Prado que não por acaso é um video clip de uma banda inglesa
que admiro muito chamada The Emperor Machine.
Banda do selo que irá um album de minha banda Zeroum, a Dc Recordings.
http://www.dcrecordings.com
Fui apresentado ao selo pelo amigo Dj Kureb de minha cidade natal
Juiz de Fora e mostrei o selo para amigos como Cassiano e Guilherme Marcondes,
ambos colegas de trabalho e super astros na arte da produção de Motion Design.
No momento em que me apresentei ao selo DC, eles logo se interessaram
também pelo trabalho do Cassiano que havia produzido pequenos videos
para minha banda Zeroum.
Convidaram imediatamente Cassiano para produzir esse clip e, enfim ele ficou
pronto.
Sou suspeito pra falar, mas adorei!!!!!!!!!!

Written and Directed by:
CASSIANO PRADO

Music by:
THE EMPEROR MACHINE / ANDY MEECHAM

Artwork by:
LA BOCA / SCOT BENDALL

Music Label:
DC RECORDINGS / JAMES DYER

Scientist:
ZAC ELLA

Art Direction:
CASSIANO PRADO / GUILHERME MARCONDES

Design:
MARIO DE TOLEDO SADER

Stop Motion Animation:
GUILHERME MARCONDES

Editor:
JORDAN CRUTE

Post-Production (Future City):
MIXER BRASIL

Post-House (Future City):
TRIBBO

3D Artist (Diamond Sequence):
RALPH PINEL

DoP:
PETER EMMERY

Live Action Producer:
ANDY EATON

Camera Assistant:
BEN JONES

Storyboard Artist:
ADAM BEER

Styling:
RAQUEL GARCIA

Styling Assistant:
JAZNA RAUSAVLJEVIC

Thanks to:

DIANE CHAN
CIRO CÉSAR
TRIBBO CREW
JANE STOCKDALE
JOÃO DE MENDONÇA
PAULO BETO
LIAM O’CONNOR

Michael O'Shea - Dome Records - Inglaterra - 1982

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Apresento pra vocês, com muito orgulho, este que é um dos discos mais raros que possuo.
Não significa que seja valioso, apenas que é super obscuro.
Mas por trás de todo musico obscuro existe uma estória interessante.
Michael O'Shea nasceu na Irlanda do Norte em 1947 mas cresceu na República da Irlanda.
Afim de conhecer o mundo se ingressou no Exército Inglês mas sua passagem por lá
foi catastrófica. Logo logo foi levado a Corte Marcial e preso por 2 anos.
Saindo de lá mudou-se para Londres onde rapidamente se misturou com a cena FOLK
e fez amizade com músicos como: Ewan MacColl e Peggy Seeger.
Em meados dos anos 70 e foi para Bangladesh como voluntário e logo acabou voltando
com disenteria, Hepatite e uma cítara.
Mesmo convalescente acabou aprendendo a tocar o instrumento.
Em seguida viajou pela Europa e pelo Oriente Médio.
Na França, viajou com um Algeriano que tocava um obscuro instrumento de seu país
chamado Zelochord.
O'Shea teve a idéia de inventar um instrumento que fosse uma mistura de Zelochord,
Saltério Martelado e Cítara e o resultado foi o seu instrumento que nomeou de MO CARA,
o que em Gaélico significa "Meu Amigo".
Voltando para Londres seu instrumento chamou muita atenção e atraía multidões
pelas ruas em que ele se apresentava.
Logo arrumou um agente, Ronnie Scott, que era fascinado pelo seu instrumento e este
acabou por descolar uma abertura de show do famoso Ravi Shankar no Royal Festival Hall.
Outra coisa memorável foi participar de um projeto de Rick Wakeman, mesmo que sua
participação tenha sido descartada posteriormente.
Tudo parecia promissor mas ele se frustrava com o fato de não ver sua carreira decolar,
sendo assim, voltou a tocar nas ruas, onde se sentia mais realizado.
Uma vez, enquanto tocava no Covent Garden, foi notado por Tom Johnston que era dono
do selo Dome Records que o acabou convencendo a gravar um álbum (este em 1982).
Posteriormente participou em discos de outros artistas e começou a se envolver com
a emergente cena RAVE inglesa.
Em dezembro de 1991, foi fatalmente atingido por uma Van em Londres.
Sua morte aconteceu 2 dias após o incidente.
...

Em 2002 seu disco foi relançado de forma independente com algumas faixas bonus.

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Tracklist:
01 - No Journeys End
02 - Kerry
03 - Guitar Nº 1
04 - Voices
05 - Anfa Dásachtach

ouça aqui

Nordeste: Cordel, Repente, Canção - Pesquisado por Tânia Quaresma - Brasil - 1975

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Talvez este seja um dos primeiros lançamentos dedicados ao assunto
lançados no circuito comercial do mercado fonográfico brasileiro.
Patrocinado pela extinta empresa aérea VASP, esse disco é uma verdadeira pérola.
Nota-se o carinho da pesquisa de Tânia Quaresma que fez uma excelente
seleção de artistas de rua num Nordeste Brasileiro ainda pouco explorado
pela mídia e pelas apropriações culturais.
Grandes artistas, ilustres miseráveis desconhecidos, passam a habitar as
vitrolas da classe média estudantil, audiófila, pesquisadora da séria sociedade
consumidora devoradora brasileira.
A fome de se conhecer mais sobre essas figuras exóticas mastigando a fome
em suas barrigas lubriguentas.
Personagens super populares das feiras nordestinas são agora ouvidos na casa
do ouvinte encantado com tanta riqueza extraída de uma região tão pobre.
Gente como: Olho de Gato, Cajú e Castanha, Santinha, Misael entre outros.
Artistas que não serão lembrados pra sempre na História da música brasileira,
entretanto eles estão lá!
O disco apresenta fórmulas deferentes manifestação poética e musical.
Basicamente, o CORDEL que são textos escritos em prosa cujas rimas narram
fatos e personagens importantes da cultura popular, de Lampião ao seu
"Zé Ruela" dos Santos ao Diabo.
Uma literatura impressa, ilustrada, lida e decorada que daí entretem os
transeuntes das feiras e calçadas.
O REPENTE que é a improvisação em palavras cantadas, normalmente acompanhadas
por algum instrumento musical que pode ir da Rabeca, violão, pandeiro à lata
de doce.
Testa a capacidade do artista de improvisar a poesia interagindo com o
acontecimento momentâneo ritmado pelo instrumento em forma de batalha
e desafio com outros repentistas.
E o disco trás também canções populares de toda essa cultura.
As informações originais do disco podem ser lidas na imagem abaixo, inclusive
toda a ficha técnica.
Felizmente este disco não é da época que o Gilberto Gil fazia campanha
gravando (se metendo) com os artistas de rua, posando de ministro bondoso.

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Acima imagens feitas pela própria pesquisadora em loco.

Ouça aqui

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Richard G. Boucher- Anges Maudits - Canadá - 1981

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Encomendada pelo departamento de música da CBC's French Network,
ao compositor canadense Richard G. Boucher,
essa Cantata Dramática composta para: Narrador, Soprano, Coro e
Instrumental teve o objetivo de homenagear o poeta maldito
Émile Nelligan, uma espécie de Edgar Allan Poe canadense.
Nelligan nasceu em Montreal em 24 de dezembro de 1879 em 602,
rue de La Gauchetière. Ele foi o primeiro filho de David Nelligan, que
chegaram em Quebec de Dublin, Irlanda a 12 anos de idade. Sua mãe
era Emilie Amanda Hudon, de Rimouski, Quebec. Ele tinha duas irmãs,
Béatrice e Gertrude.

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Um seguidor do Simbolismo, sua poesia foi profundamente influenciada
por Octave Crémazie, Louis Fréchette, Charles Baudelaire, Paul Verlaine,
Georges Rodenbach, Maurice Rollinat e Edgar Allan Poe.
Um talento precoce como Arthur Rimbaud, pois seus primeiros poemas
foram publicados em Montreal, quando ele tinha apenas 16 anos.

Em 1899, sofreu um grande surto psicótico a partir do qual ele nunca
mais se recuperou. Ele nunca teve uma chance de terminar seu primeiro
trabalho poético que era para ser intitulado "Le Récital des Anges" de
acordo com a suas últimas anotações.

Em 1903, os seus poemas compilados foram publicados com grande
aclamação no Canadá, um aplauso que ele nunca soube.

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Ao falecer em 1941, Émile Nelligan foi enterrado no "Cimetière de
Notre-Dame-des-Neiges", em Montreal, Quebec.
Após sua morte, o público se tornou cada vez mais interessadas em Nelligan.
Seu trabalho incompleto gerou uma espécie de lenda romântica.
Ele foi pela primeira vez traduzido para o Inglês em 1960 pela PF Widdows.
Em 1983, Fred Cogswell traduziu todos os seus poemas.

Émile Nelligan é considerado um dos maiores poetas da língua francesa no Canadá.
Várias escolas e bibliotecas em Quebec levam o seu nome, além do Nelligan Hotel
que é um hotel quatro estrelas em Old Montreal na esquina da Rue St. Paul e
Rue St. Sulpice.

Sobre o compositor posso dizer que se formou no Montreal Conservatory of Music
onde posteriormente foi professor de 1968 à 1974 ao lado de Gilles Tremblay
(composição e análise), Gaston Arel (harmonia), e Isabelle Delorme e Françoise
Aubut-Pratte (contraponto).
Ele fez cursos de música para computador com Iannis Xenakis e especialização
em electroacústica com Alcides Lanza e Edgar Valcarcel.
Compôs várias obras para Gerador de Ondas de Martenot, o que infelizmente
não faz presença no instrumental dessa obra.

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