sexta-feira, 1 de maio de 2009

Richard G. Boucher- Anges Maudits - Canadá - 1981

front

Encomendada pelo departamento de música da CBC's French Network,
ao compositor canadense Richard G. Boucher,
essa Cantata Dramática composta para: Narrador, Soprano, Coro e
Instrumental teve o objetivo de homenagear o poeta maldito
Émile Nelligan, uma espécie de Edgar Allan Poe canadense.
Nelligan nasceu em Montreal em 24 de dezembro de 1879 em 602,
rue de La Gauchetière. Ele foi o primeiro filho de David Nelligan, que
chegaram em Quebec de Dublin, Irlanda a 12 anos de idade. Sua mãe
era Emilie Amanda Hudon, de Rimouski, Quebec. Ele tinha duas irmãs,
Béatrice e Gertrude.

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Um seguidor do Simbolismo, sua poesia foi profundamente influenciada
por Octave Crémazie, Louis Fréchette, Charles Baudelaire, Paul Verlaine,
Georges Rodenbach, Maurice Rollinat e Edgar Allan Poe.
Um talento precoce como Arthur Rimbaud, pois seus primeiros poemas
foram publicados em Montreal, quando ele tinha apenas 16 anos.

Em 1899, sofreu um grande surto psicótico a partir do qual ele nunca
mais se recuperou. Ele nunca teve uma chance de terminar seu primeiro
trabalho poético que era para ser intitulado "Le Récital des Anges" de
acordo com a suas últimas anotações.

Em 1903, os seus poemas compilados foram publicados com grande
aclamação no Canadá, um aplauso que ele nunca soube.

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Ao falecer em 1941, Émile Nelligan foi enterrado no "Cimetière de
Notre-Dame-des-Neiges", em Montreal, Quebec.
Após sua morte, o público se tornou cada vez mais interessadas em Nelligan.
Seu trabalho incompleto gerou uma espécie de lenda romântica.
Ele foi pela primeira vez traduzido para o Inglês em 1960 pela PF Widdows.
Em 1983, Fred Cogswell traduziu todos os seus poemas.

Émile Nelligan é considerado um dos maiores poetas da língua francesa no Canadá.
Várias escolas e bibliotecas em Quebec levam o seu nome, além do Nelligan Hotel
que é um hotel quatro estrelas em Old Montreal na esquina da Rue St. Paul e
Rue St. Sulpice.

Sobre o compositor posso dizer que se formou no Montreal Conservatory of Music
onde posteriormente foi professor de 1968 à 1974 ao lado de Gilles Tremblay
(composição e análise), Gaston Arel (harmonia), e Isabelle Delorme e Françoise
Aubut-Pratte (contraponto).
Ele fez cursos de música para computador com Iannis Xenakis e especialização
em electroacústica com Alcides Lanza e Edgar Valcarcel.
Compôs várias obras para Gerador de Ondas de Martenot, o que infelizmente
não faz presença no instrumental dessa obra.

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5 comentários:

LICANTROPO disse...

Olá,

Sou um visitante frequente do blog, e gostaria de publicar o link da Selda em outro blog. Se houver algum problema retiro ele !

abraço
joão

roberto disse...

satisfa-so-me por postar algo da desconhecidade ( limitada) cultura canadense

roberto disse...

essa ilustre desconhecida que nos rende coisas preciosas como esta. Malcon Macklhuren (?)foi o definidor do que chamamos de animação (que n é walt disney) e de tudo que chamariamos de experimental nesse campo, até hoje, incluíndo parte do designe gráfico. está meio desaparecido das exposições e retrospectivas, provavelmente por questão de vaidade dos atuais artistas digitais, já que conseguia fazer coisa melhor, sem nenhum computador (além de pertencer a esse mundo estranho, o canadá). Marsal MacLhuan, professor burocrata canadensa de literatura literalmente revolucionou toda a pesquisa e compreensão das teorias da comunicação com seu clássico (iqualmente negrigenciado, a ponto de NÃO estar em catálogo) 'os meios de comunicação como extensão do homem" ou "o meio é a mensagem', como ficou conhecido.(tradução de décio pignatari, ed cultrix). Assim como o outro Mack acima, todo mundo (todo o mundo mesmo) chupou dele, usa e abusa, e diz que é seu, ou de qualquer um. Porquê? por que sabem, que estão em algum centro cultural (NY, Tóquio) ou centro de mídia, todas as atenções serão encaminhadas a ele, já que o canadá é terra ninguém.
Porque a cultura canadense é tão diferenciada? talvez, exatamente, por não estar no centro e nem estar na borda - como bolívia, por ex. Tem a cultura do primeiro mundo, e seus recurso, porém não tem o peso da responsabilidade das tradições européias. (MakLhuan ficou famoso - um dos motivos - foi por ser um pensador independente, crítico, e não marxista, dentro de um campo onde se era marxista ou cinicamente a favor dos meios de comunicação).
David Cornenberg todos conhecem, e seus filmes canadenses são bem mais radicais do que sua produção norte-americana.
Glenn Golud é consagração mundial etc. todos sabem. Porém o que nunca foi posto ao público, que tanto ama seu Bach, são suas experimentações televisivas (limitadas) e suas experimentações radiofônicas radicais, cheias de montagens, colagens e efeitos. Foi, após suas experimentações de edição no rádio, que ele começou a edição das músicas descaradamente de seus lp's (que para alguns críticos foram os responsáveis pela idéia - hoje amplamente aceita - da edição de gravações. Gold fazia isso no final dos anos 50, quando as gravações de lp eram quase "ao vivo".)
Além disso, produziu uma série para o rádio, chamado "a idéia do norte" que, através unicamente de frases pré-gravadas de pessoas comuns, sem nenhum texto narrativo, tentava demonstrar que o norte da europa, e também da américa - canadá - tinha uma identidade contrário a da europa mediterrânea, e que essa cultura gelada tendia para a solidão, introspecção e independência cultural, movida mais para o individulismo do que para uma cultura coletiva.
Qualquer semelhança com o poeta supra citado no bloog não é, claramente, conhecidência.

pb disse...

fique à vontade, licantropo

Unknown disse...

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